Skip to main content

Quem foi Arthur Friedenreich?

Por Hugo Haacke

Afinal, quem foi Arthur Friedenreich? Muitos não o conhecem, mas Friedenreich,  apelidado carinhosamente como ‘El Tigre’, foi o primeiro craque do futebol brasileiro. Conhecidos por muitos,  até hoje, como uma lenda, Arthur Friedenreich conquistou muitos títulos,  e foi o pioneiro do futebol brasileiro sendo um jogador extremamente diferenciado com a bola nos pés.



Filho de pai alemão e mãe brasileira, Arthur nasceu no dia 18 de Junho de 1892 na cidade de São Paulo. Pela mistura dos atributos físicos do pai e da mãe, Arthur era alto,  tinha olhos claros, era moreno e tinha cabelos encaracolados. Naquela época, os times de futebol não aceitavam jogadores negros,  mas, por causa de seu sobrenome, Arthur foi bem aceito nos clubes.

Sendo paulistano, Arthur participou, em sua maioria, de clubes da cidade de São Paulo. Alguns clubes que ele participou foram: Germânia  (atual Pinheiros), Mackenzie, Ipiranga, Paulistano (clube no qual ele mais ganhou títulos). Hoje em dia, esses clubes não são mais considerados times de futebol. Porém, ele fez história em outros clubes (que existem até hoje) e suas lembranças, por esses, são respeitosamente lembradas e bem guardadas. Esses clubes são: Internacional, Flamengo, Santos e principalmente o São Paulo FC.

Sua primeira partida aconteceu em 1909. E,  a partir desse ano, Arthur já mostrava seu diferencial comparado aos outros jogadores. Friedenreich era ágil, rápido, valorizava o aspecto coletivo e marcava muitos gols. E, para desenvolver melhor suas habilidades, veio da Europa, Hermann Fritz – o homem que treinou Arthur Friedenreich, aquele quem Freidenreich deve muito às suas habilidades.

Hermann auxiliou Arthur Friedenreich a trabalhar os fundamentos – e outras habilidades – do futebol (passe, chute, cabeceio, cruzamento, habilidade com as duas pernas, força física). Ou seja, Arthur Friedenreich  se tornou um jogador completo com Herrmann. Ele levava vantagem em tudo comparado aos seus adversários. Um bom exemplo disso é que, naquela época, os jogadores não usavam o atributo de cruzamento e cabeceio, por vários problemas (um exemplo disso é que a bola era mais pesada.

Por ser um jogador completo, obviamente, Arthur era um jogador muito esforçado. Arthur era tão esforçado que participava de 3 jogos no mesmo dia em três clubes diferentes. Pois, naquela época, um jogador poderia fazer parte de três clubes diferentes. E Arthur abraçou a oportunidade.



O auge da fama de Arthur Friedenreich foi quando ele participou de excursão Internacional com o seu clube naquela época, o Paulistano. Fora do Brasil, ele – e o Paulistano – ganharam 9 de 10 partidas. Esse resultados mostraram ao mundo a força do futebol brasileiro desde aquela época. E Arthur Friedenreich foi um grande responsável por isso.

Arthur teve seus momentos de fama e glória, também, no São Paulo FC. Clube em que ele se tornou o décimo oitavo maior artilheiro de toda a história do clube, marcando 103 gols em 125 partidas. Uma média de 0, 82 gols por jogo. Quase que um gol por jogo.

Fora o sucesso pelos clubes nos quais ele jogou, Arthur teve ótimos momentos na seleção brasileira, conquistando vários títulos internacionais importantes. Arthur colocou o Brasil em uma posição respeitável no futebol sul-americano e mundial. Para caracterizar sua boa fase, um bom episodio foi a marcante vitória da seleção brasileira sobre a seleção uruguaia no Torneio Sulamericano de 1919, em que ele fez o gol da vitória na prorrogação do jogo mais longo de todos os tempos (fora o jogo normal, houve 4 tempos de prorrogação com 15 minutos cada).

No ano de 1935, Arthur Friedenreich, fez o seu último jogo no CR Flamengo. Nesse jogo, Arthur não fez nenhum gol, mas, pela última vez, encheu os olhos da galera com seus dribles e jogadas incríveis.
No término de sua carreira, houve uma polêmica sobre a quantidade de gols que Arthur Friedenreich marcou em toda a sua carreira. O pai de Arthur marcou todos os gols de seu filho a partir do primeiro jogo. A quantidade de gols foram 1239 gols em 1329 jogos. Esses dados foram reconhecidos até mesmo pela FIFA. Foi considerado uma lenda. Entretanto, muitos anos depois, um jornalista paulistano, Alexandre da Costa, declarou que Arthur Friedenreich marcou 554 gols em 561 jogos. Mas, mesmo Arthur tendo feito 1239 ou 554 gols, Arthur foi considerado uma lenda. Apesar de muitos não o conhecerem, quem lê sua história, fica encantado com suas habilidades, seu esforço e suas conquistas.

Arthur Friedenreich morreu no dia 6 de Setembro de 1969, aos 77 anos, na cidade de São Paulo.

Fonte: Guia Politicamente Incorreto do Futebol

 ------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Please follow us on Twitter and like us on Facebook. We're always looking for more writers. If you'd like to be one, e-mail sidelineshindig@gmail.com

Comments

Popular posts from this blog

"Not Everyone Is Messi"

By Marissa Blackman Brace yourselves because I'm about to go on a little rant! I can't be the only one who notices these things. I like to get my soccer content from a wide variety of sources. I scroll along the meme-based, click bait ridden accounts just much as I prowl through the latest writings from more reputable sources of "news." For the past several weeks, I've been seeing posts showing Cavani and Neymar debating over who will take a kick. They all have captions along the lines of "not everyone is Messi." I get what they're saying. Messi would let Neymar take the kick, but Cavani isn't going for that. Ok. Fine. But...there is something so grammatically terrible about that phrase. It must make sense to somebody, but it racks my brain. There's an even bigger problem with these incessant posts. Neymar has been trying to take a kick for weeks. Cavani has been telling him no for weeks. Cavani has ultimately taken most, if not all, of

Hammerheads Tie Montreal

by Marissa Blackman For the second time this season, the Wilmington Hammerheads FC  competed against FC Montreal. Although the first half of the match was competitive, both teams were lacking at times. There was a bit of disconnection in passes between the Hammerheads in the early minutes of the match which lead to some preventable turnovers. Montreal certainly made its presence known by maintaining a fair share of possession, but the Canadian club never did much with the ball. Each time Montreal attempted to approach the goal, the Hammerheads cleared the ball. There were virtually no moments in the first half where Montreal made a real threat of a goal. The Hammerheads made several goal attempts but none were successful. Although the first half was a goalless one, the Hammerheads seemed much more likely to score. In the second half, Montreal had a larger presence. Though FC Montreal maintained possession in the first minutes after half time, the efforts did not force Hammerheads

DIFERENÇAS ENTRE O FUTEBOL EUROPEU E O FUTEBOL BRASILEIRO

por Hugo Haacke Começando na Europa e se espalhando pelo mundo, hoje, o futebol é o esporte coletivo mais praticado em todo o mundo. Tendo objetivos e regras iguais, o futebol se diferencia de lugar para lugar na sua forma de jogar, torcer e gerenciar. Entre a Europa e a América Latina, onde o futebol é mais popular, há significantes diferenças, tendo como principal referência nesse continente, o Brasil, o país do futebol. A primeira diferença e mais perceptível é a tática e a forma de jogar. No futebol europeu, a velocidade durante a partida inteira é algo natural. Há também características gerais como o costume de manter a linha de quatro no meio de campo e, a estratégia de recomposição do time inteiro, o jogo mais centrado, objetivo e calculado. Já o futebol brasileiro, conforme o tempo passa, os técnicos vêm aproximando a tática de seus times ao futebol europeu – principalmente depois da copa de 1982. Mas em sua essência, o futebol brasileiro sempre se caracterizou por lance